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Saltos no desenvolvimento e picos de crescimento

  • Luíza Guimarães
  • 10 de jun. de 2015
  • 7 min de leitura

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Muitas vezes, percebemos uma mudança brusca de comportamento, notamos os pequenos mais inquietos, sensíveis, naqueles dias onde nada está bom. Eles querem mamar e comer mais (ou menos) necessita de mais colo e têm seu padrão de sono alterado também. São os chamados saltos de desenvolvimento e picos de crescimento. Essa madrugada pude conversar com algumas mães enqunto amamentava e percebi que não é so aqui em casa que a rotina deu uma virada e fui então pesquisar sobre esse assunto que tem assustado muitas mães e deixando-as loucas também:

Os saltos no desenvolvimento acontecem quando alguma habilidade específica é conquistada (por exemplo: sentar, mudanças na visão, olfato, na linguagem ou desenvolvimento motor). Muitos bebês que dormiam como anjos passam a acordar de hora em hora, ao passar por essas fases. Apesar de estarem cansados, a cada ciclo de sono eles despertam, com a intenção de colocar em prática o novo feito. Nesse despertar, é comum que precisem dos pais para voltar a dormir. Além disso, alguns bebês não sabem como lidar com esse novo aprendizado – ficam nervosos, ansiosos (algumas crianças ficam muito choronas, especialmente aos 9 meses). Ele fica tão excitado e obcecado com a nova habilidade que quer praticar o tempo todo. E por isto que até a hora do sono do seu bebê que sempre foi um momento tranquilo, agora é agitado e cheio interrupções. Provavelmente a rotina de sono e da alimentação será alterada nesta fase.

Mas o que fazer durante esse período do salto de crescimento do seu bebê? Bom não há muito que fazer além de muita paciência mamãe, pois é só uma pequena fase, após o desenvolvimento da nova habilidade, o bebê dará um salto de desenvolvimento e demonstrará felicidade com a nova habilidade adquirida. A duração de cada salto é variável, mas geralmente depois de algumas semanas a fase difícil passa e tudo volta à normalidade.

Uma cronologia aproximada dos períodos de crise é um pouco longo, mas explica com clareza cada fase, texto retirado do Guia do bebê:

Certa variação entre crianças é esperada, mas uma cronologia observada experimentalmente dos períodos de saltos de desenvolvimento é a seguinte:

- 5 semanas (1 mês): a visão do bebê melhora, ele consegue ver padrões em branco e preto, passa a se interessar mais pelo ambiente que o rodeia e consegue seguir objetos brevemente com os olhos. Passa ficar acordado por períodos um pouco maiores (cerca de 1 hora ou pouco mais entre as sonecas). É também nessa época que bebê começa a chorar com lágrimas e sorrir pela primeira vez ou com mais frequência do que antes.

- 8 semanas (quase 2 meses): diferenças nos sons, cheiros e sabores ficam mais perceptíveis. Ele percebe que as mãos e os pés pertencem ao corpo e começa a tentar controlar estes membros. O bebê começa também a experimentar com sua voz. É também nessa fase que o bebê começa a mostrar um pouco de sua personalidade: é agora que os pais começam a reparar quais coisas, cores e sons o bebê gosta mais. Depois desse salto o bebê vai poder virar a cabeça na direção de algo interessante e emitir sons conscientemente. Todas essas novas experiências trazem insegurança ao bebê que provavelmente procura mais o conforto do peito da mãe. Isso pode deixar a mãe preocupada se produz leite materno suficiente, o que não procede, já que a produção se ajusta à demanda (ver abaixo também sobre picos de crescimento).

- 12 semanas (quase 3 meses): o bebê descobre mais nuances da vida: nessa idade o bebê já pode enxergar todo um cômodo da casa, vira-se quando ouve sons altos, e consegue juntar suas mãos. Vai observar e mexer no rosto e cabelo dos pais e vai perceber que pode gritar. Depois do salto o bebê praticamente não vai mais precisar de apoio para manter a cabeça erguida. Como nos outros saltos, os pais são o porto seguro do mundo do bebê e ele se apoia nisso. Ele pode começar a reagir de maneira diferente fora de casa ou no colo de um estranho. Ao mesmo tempo que o bebê tem uma grande curiosidade em reparar no mundo que o rodeia, ele também é muito sensível às novidades e por isso se sente mais confortável e seguro nos braços dos pais.

- 19 semanas (4 meses e meio): por volta da 14ª. até a 17ª. semanas o bebê pode parecer mais ‘impaciente’. Esse é um dos saltos mais longos: dura cerca de 4 semanas, podendo porém se estender por até 6 semanas. O bebê chora mais, apresenta mudanças extremas de temperamento e quer mais atenção e colo. Consegue alcançar e pegar um brinquedo, sacudi-lo e colocá-lo na boca, passá-lo de uma mão para outra. Pode ganhar o primeiro dente. Os sons que o bebê emite se tornam mais nítidos e complexos, consegue fazer alguns sons como ‘baba’, ‘dada’. Tudo cheira, soa e tem gosto diferente agora. Dorme menos. Estranha as pessoas e busca maior contato corporal quando está sendo amamentado. Depois desse salto o bebê vai poder virar de costas e de barriga para baixo, e vice-versa, se arrastar pra frente ou pra trás, olhar atentamente para imagens num livro; reagir ao ver seu reflexo no espelho e reconhecer seu próprio nome.

Esse é um dos saltos de desenvolvimento mais significativos e em que um maior número de mães costuma relatar alterações no sono. Provavelmente porque o padrão de sono parecia entrar num ritmo desde que o bebê nasceu, e essa alteração é vista como uma ‘regressão’, na qual o bebê tende a acordar bastante por algumas semanas enquanto está trabalhando no salto. E uma vez que esse salto está completo há somente 1 ou 2 semanas antes de começar a trabalhar no próximo (das 26 semanas), é um longo período de sono ruim e bebê irritado nesse estágio da vida.

- 26 semanas (6 meses): Já na 23ª semana o bebê parece se tornar mais ‘difícil’. Ele busca maior contato corporal durante as brincadeiras. O bebê já consegue coordenar os movimentos dos braços e pernas com o resto do corpo. Senta sem apoio e põe objetos na boca. Nessa idade ele começa a entender que as coisas podem ficar dentro, fora, em cima, embaixo, atrás, na frente, e usa isso em suas brincadeiras. Ele passa a entender que quando a mamãe anda, ela vai se afastar e isso o assusta, então reclama quando a mãe sai de perto. Depois desse salto o bebê vai ficar interessado em explorar a casa, armários, gavetas, achar etiquetas, levantar tapetes para olhar o que tem embaixo. Ele se vira para prestar atenção nas vozes, consegue imitar alguns sons, rola bem em ambas direções e começa a se apoiar em algo para ficar de pé. Adquire maturidade para receber alimentos sólidos. Essa fase pode durar cerca de 4-5 semanas.

- 30 semanas (7 meses): o bebê tenta se jogar adiante para alcançar objetos, bate um objeto em outro. Pode começar a engatinhar, a falar algumas sílabas e entende melhor o conceito de permanência das coisas. Pode fazer sinal de tchau. Sente ansiedade com estranhos.

- 37 semanas (8 meses e meio): o bebê fica ‘temperamental’, tem mudanças frequentes em seu humor, de alegre para agressivo e vice-versa, ou de exageradamente amoroso para ataques de raiva em questão de momentos. Chora com mais frequência. Quer ter mais atividades e protesta se não as tem! Não quer que troquem sua fralda, chupa seus dedos. Protesta quando o contato corporal é interrompido. Dorme menos, tem menos apetite, movimenta-se menos e “fala” menos. Às vezes senta-se quieto e sonha acordado. O bebê agora começa a explorar as coisas de uma forma mais metódica. Passa a entender que as coisas podem ser classificadas, por exemplo, sabe o que é comida e o que é animal, seja ao vivo ou em um livro. Fala "mamá" e"papá" sem distinção de quem é a mãe ou o pai. Engatinha, aponta objetos, procura objetos escondidos, usa o polegar e dedo indicador para segurar objetos.

- 46 semanas (quase 11 meses): o bebê percebe que existe uma ordem nas coisas e atitudes, por exemplo, que se colocam sapatos nos pés e brinquedos nos armários. Ganha então uma consciência de suas próprias atitudes. Ao invés de separar objetos, passa a juntá-los. Depois desse salto o bebê vai poder apontar para algo ou pessoa a pedido seu, vai querer ‘falar’ no telefone e enfiar chaves nos buracos de chave, procurar algo que você escondeu, tentar tirar a própria roupa. Fala "mamá" e "papá" para a mãe ou pai corretamente. Levanta-se por alguns segundos, movimenta-se mais, entende o "não" e instruções simples.

- 55 semanas (quase 13 meses): geralmente a fase em que o bebê começa a andar - um salto no desenvolvimento bem significativo. Fala mais palavras do que "mama" e "papa". Rabisca com giz.

- 64 semanas (quase 15 meses): o bebê combina palavras e gestos para expressar o que precisa, come com as mãos, esvazia recipientes, coloca tampas nos recipientes apropriados, imita as pessoas, explora tudo que estiver à sua frente, inicia jogos, aponta partes do corpo quando perguntado, responde a algumas instruções (por exemplo, “me dá um beijo”), usa colher e garfo, empurra e puxa brinquedos enquanto anda, joga bola, anda de marcha a ré.

- 75 semanas (17 meses): o bebê usa cerca de 6 palavras regularmente, gosta de jogos de imitação, gosta de esconder brinquedos, alimenta uma boneca, joga bola, dança, separa brinquedos por cor, formato e tamanho. Olha livros sozinho e rabisca bem.

O Pico de Crescimento é a fase que se refere ao crescimento do bebê, nada ligado com seu desenvolvimento. Nestes períodos o bebê solicita mais mamadas, pois nesta fase precisa de mais alimento devido ao crescimento acelerado.

Por conta disso as mamadas noturnas são em intervalos menores, fazendo com que o sono do bebê seja agitado e cheio de interrupções. Esse período dura em média 1 semana. Períodos como este costumam ocorrer por volta do 7-10 dias, 2-3 semanas, 4-6 semanas, 3 meses, 4 meses, 6 meses, 9 meses e além. Este período continua a ocorrer durante toda a fase de crescimento da criança e se estende até a adolescência, onde fica mais evidente não só as mudanças físicas como as emocionais também.

Então mãezinhas que assim como eu estão passando por essa transição um pouco difícil só nos resta um opção ( a melhor de todas rsrsrs) muito colo, mama, paciência, aconchego, e amor, são apenas fazes onde eles precisam de nós para crescer e se desenvolver com segurança.

 
 
 

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Sou Luiza mãe do Pedro de 4 meses e estudante de administração, mãe e blogueira...

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